1840-1907
A lenda de Rita Cacete foi publicada por Severiano Cardoso, no jornal “O Estado de Sergipe”, de 13/3/1904:
“É crença popular que no tempo da invasão dos holandeses uma pobre
forasteira procurou alívio para suas infelicidades na plaga cristovense.
Era, porém, vista entre os próprios colonos portugueses como bruxa ou
feiticeira. Tendo uma filha, que era um primor de formosura, saía a
esmolar para ela, pelos arredores, arrimada a um bordão, por quase já
não poder andar.
Os
garotos apupavam-na e enxotavam-na exclamando: daí-te daí, Rita
Cacete, fazendo alusão à vara nedosa em que se agüentavam para andar.
Ela refugiou-se para o lado das Pedrinhas, e, um dia, adoeceu sua linda
e interessante filha. Apareceu-lhe a Mãe d’Água, e disse-lhe
compungida do estado da jovem enferma: - Eu curarei tua filha! Anda
comigo.
Andaram, e chegando à beira de uma emsombrada por uma árvore secular, a Mãe d’Água falou: - Imerge-a.
A
velhinha obedeceu, e de repente a fonte cobriu-se de alvíssima fumaça.
Depois do banho a moça ficou inteiramente curada e voltou-lhe a
primitiva beleza em todo seu frescor primaveril. Descobriu-se então a
virtude da fonte, aonde entre fumaça, hoje azulada, um bom gênio derrama
sobre os que a procuram a benção da saúde.
OBS: a LENDA DE RITA CACETE foi lida por Silene Lazarito.
Fonte:Blog Coisas de São Cristovão
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