Roupas coloridas ao som da cuíca, ganzá, caixas e bumbos. É assim que se
apresenta o grupo folclórico 'As Caceteiras do Mestre Rindú', de São
Cristóvão, uma antiga tradição da quarta cidade mais antiga do Brasil e
que, no mês de junho, ganha mais ênfase e destaque.
O grupo formado por homens, mulheres e crianças, tem como principal característica a dança de roda, com o ritmo mais apurado, percussivo e envolvente, assemelhando-se ao samba de coco. O coordenador do grupo, Mestre Rindú, não sabe ao certo a data de criação do conjunto, sabe apenas que existe há mais de 100 anos, que foi criada no povoado Apicúm Merengue, em São Cristóvão, e que é uma tradição que vem passando de geração em geração.
O grupo formado por homens, mulheres e crianças, tem como principal característica a dança de roda, com o ritmo mais apurado, percussivo e envolvente, assemelhando-se ao samba de coco. O coordenador do grupo, Mestre Rindú, não sabe ao certo a data de criação do conjunto, sabe apenas que existe há mais de 100 anos, que foi criada no povoado Apicúm Merengue, em São Cristóvão, e que é uma tradição que vem passando de geração em geração.
“Eu já conheci o grupo na mão de outros mestres, e brinco desde
pequeno. Lembro que quando eu era pequeno, os mestres falam a cor que
seriam as roupas daquele ano, e eu não conseguia dormir de tanta
ansiedade. Grandes mestres já morreram, e eu estou aqui levando a nossa
tradição até que Deus permita. As Caceteiras é o melhor divertimento que
eu tenho”, disse Mestre Rindú.
Mestre Rindú conta que a primeira apresentação do grupo acontece sempre
durante a noite dia 31 de maio, na Praça São Francisco, e segue
realizando as danças durante todo o mês de junho. Para ele, é uma
maneira de homenagear os santos do ciclo junino, São João, Santo
Antônio, São Pedro e São Paulo, além de ser uma grande festa.
“Nós sempre somos chamados para fazer apresentações em outros
municípios de Sergipe e em outros estados, mas no mês de junho nossa
brincadeira é feita apenas aqui em São Cristóvão. Coisa boa é homenagear
os nossos santos com muita música e dança”, afirmou.
Mas não é só de adultos que o grupos é formado. De acordo com Mestre
Rindú, existe um trabalho que vem sendo realizado ao logo do tempo para
incentivar as crianças a conhecer toda história das Caceteiras, e
conseguir levar para outras geração a a tradição centenária do grupo. “
Não podemos deixar que a nossa tradição venha a morrer por falta de
conhecimento e incentivo. Acompanho várias gerações do grupo, mas não
somos eternos. Precisamos conquistar as nossas crianças, e mostrar o
valor da nossa cultura, para que elas possam dar seguimento a esse
trabalho feito pelos antigos mestres, e agora por mim. Acredito que o
grupo terá vida longa”, finalizou.
Por Adriana Meneses (Portal Infonet)
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