Governador assina ordem de serviço para revitalização do parque da Bica em São Cristóvão

No final da tarde desta segunda-feira, 16, o governador Jackson Barreto assinou a ordem de serviço para a revitalização do Parque da Bica dos Pintos, em São Cristóvão. As obras correspondem a um investimento de R$ 3.310.842,94, recursos oriundos do Programa Sergipe Cidades e se estendem por uma área de 21.327,81 m2.

A obra contemplará uma ampla reforma e revitalização dos espaços públicos existentes, tais como bares e restaurantes, área de banho da bica e sanitários. A revitalização incluirá também a construção de 20 quiosques e prevê a implantação de dois platôs de contemplação, de espaço para prática de exercícios, quadra poliesportiva, parque infantil, além de guarita, sala de administração e estacionamento.

Em seu discurso, Jackson Barreto ressaltou que a obra irá beneficiar a atividade turística da região, conhecida pelo seu acervo histórico e arquitetônico. “Estamos realizando o sonho do povo dessa cidade, revitalizar um marco turístico que irá atrair recursos. O parque da Bica ficará muito bonito e o povo vai sentir orgulho. O que tiver ao meu alcance, eu farei por São Cristóvão. Eu posso chegar aqui e me orgulhar com tantas obras q realizamos”.

Ações de Destaque

Em 26 de fevereiro, o Governador Jackson Barreto firmou ordem de serviço para a pavimentação em paralelepípedo da estrada de acesso do povoado Caípe Velho à sede municipal de São Cristóvão, passando pelo povoado Colinas. São cerca de 6 km de pavimentação, o que equivale a 35.856,40 m², um investimento do Programa Sergipe Cidades na ordem de R$ 1,6 milhão.

A quarta cidade mais antiga do país já recebeu um montante aproximado de R$ 180 milhões em obras de pavimentação, esgotamento sanitário, rodovias, a exemplo da pavimentação da Rodovia SE-466 (Rodovia José Correia dos Santos Neto, Zezinho da Everest - São Cristóvão/Povoado Rita Cassete) um investimento de  R$ 4.312.769,40 e da duplicação da Rodovia João Bebe Água – SE-065, R$ 10.295.182,62.

Em rede de abastecimento de água, foram investidos R$ 85 milhões na construção da Barragem do Rio Poxim. Na área de saúde, foram investidos - R$ 738.160,00 na construção de Clínica de Saúde da Família, mais de R$ 80 mil na aquisição de uma Kombi para tratamento fora do domicílio e de uma ambulância. O Centro de Especialidades Odontológicas soma um investimento de R$ 196.567,62.

Na recuperação do patrimônio histórico – Programa Monumenta – o investimento soma R$ 8.893.179,90. O montante foi destinado para restaurações do sobrado da Antiga Ouvidoria, Praça São Francisco, Lar Imaculada Conceição, Antiga Delegacia, Museu Histórico de Sergipe, Elementos Artísticos da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, do Lar Imaculada Conceição e do Convento e Igreja Santa Cruz; requalificações de espaços públicos: Praça Senhor dos Passos, Largo do Carmo, Praça da Bandeira, Fachada da Capela dos Capuchinhos, ladeiras do Porto da Banca e Açougue,Travessa Epaminondas e largos do Rosário e Amparo.

Fonte: ASN

Caceteiras do Mestre Rindú: uma tradição centenária

Roupas coloridas ao som da cuíca, ganzá, caixas e bumbos. É assim que se apresenta o grupo folclórico 'As Caceteiras do Mestre Rindú', de São Cristóvão, uma antiga tradição da quarta cidade mais antiga do Brasil e que, no mês de junho, ganha mais ênfase e destaque.
O grupo formado por homens, mulheres e crianças, tem como principal característica a dança de roda, com o ritmo mais apurado, percussivo e envolvente, assemelhando-se ao samba de coco. O coordenador do grupo, Mestre Rindú, não sabe ao certo a data de criação do conjunto, sabe apenas que existe há mais de 100 anos, que foi criada no povoado Apicúm Merengue, em São Cristóvão,  e que é uma tradição que vem passando de geração em geração.

“Eu já conheci o grupo na mão de outros mestres, e brinco desde pequeno. Lembro que quando eu era pequeno, os mestres falam a cor que seriam as roupas daquele ano, e eu não conseguia dormir de tanta ansiedade. Grandes mestres já morreram, e eu estou aqui levando a nossa tradição até que Deus permita. As Caceteiras é o melhor divertimento que eu tenho”, disse Mestre Rindú.

Mestre Rindú conta que a primeira apresentação do grupo acontece sempre durante a noite dia 31 de maio, na Praça São Francisco, e segue realizando as danças durante todo o mês de junho. Para ele, é uma maneira de homenagear os santos do ciclo junino, São João, Santo Antônio, São Pedro e São Paulo, além de ser uma grande festa.

“Nós sempre somos chamados para fazer apresentações em outros municípios de Sergipe e em outros estados, mas no mês de junho nossa brincadeira é feita apenas aqui em São Cristóvão. Coisa boa é homenagear os nossos santos com muita música e dança”, afirmou.

Mas não é só de adultos que o grupos é formado. De acordo com Mestre Rindú, existe um trabalho que vem sendo realizado ao logo do tempo para incentivar as crianças a conhecer toda história das Caceteiras, e conseguir levar para outras geração a a tradição centenária do grupo. “ Não podemos deixar que a nossa tradição venha a morrer por falta de conhecimento e incentivo. Acompanho várias gerações do grupo, mas não somos eternos. Precisamos conquistar as nossas crianças, e mostrar o valor da nossa cultura, para que elas possam dar seguimento a esse trabalho feito pelos antigos mestres, e agora por mim. Acredito que o grupo terá vida longa”, finalizou.

Por Adriana Meneses (Portal Infonet)