A partir desta quarta-feira (28), a cidade de São Cristóvão, passará a ter uma área protegida delimitada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural vai se reunir em Brasília, na sede do Iphan, e na pauta está incluída a avaliação da proposta de rerratificação de tombamento de São Cristóvão. Caso seja aprovada, a área tombada incluirá a parte alta da cidade e as ladeiras que ligam a cidade alta com seus portos. Na cidade baixa, também estará protegida a faixa entre a cidade alta e o rio Paramopama, e a área do mercado.
A proposta do Iphan de ampliação de tombamento de São Cristóvão resgata uma coerência histórica, destacando a parcela do território que evidencia os condicionantes e a origem da ocupação, as características urbanísticas de parcelamento e loteamento, o conjunto arquitetônico e urbanístico de caráter monumental, os valores naturais e paisagísticos mais significativos. Com essa nova configuração, fica registrado o caráter documental do sítio histórico além das três principais praças: São Francisco, Getúlio Vargas (da Igreja Matriz) e
Senhor dos Passos (Igreja do Carmo).
São Cristóvão é uma das mais antigas cidades do país e foi a primeira capital de Sergipe, fundada em janeiro de 1590, no contexto da Dinastia Filipina em Portugal. Os principais monumentos, na Cidade Alta, são cerca de 10 prédios em torno da praça que abriga também a Igreja e o Convento de São Francisco. A cidade possui 11 bens tombados individualmente pelo Iphan, além do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico, tombado em 1967. A Praça São Francisco recebeu, em 2010, o título de Patrimônio Mundial, da Unesco, por ser um exemplo único no Brasil do período da União Ibérica, no Século XVI, quando Portugal e Espanha estavam sob uma só coroa.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.
Fonte: SECULT Fotos de André Moreira
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